Thursday 18 September 2008

Alimentos Afrodisíacos - Os Sabores do Erotismo


Desde a antiguidade que existem substâncias com propriedades afrodisíacas, e dizem os entendidos que alguns alimentos são particularmente activos. Entre o mito e a realidade, vamos dizer-lhe o que pode esperar desses produtos. É que, provavelmente, o melhor afrodisíaco é a imaginação humana...

Através dos tempos, as substâncias afrodisíacas sempre tiveram um lugar de destaque na cultura popular e na literatura universal. Vários alimentos e bebidas, assim como receitas de pratos completos, foram-se destacando pelas suas propriedades como estimuladores sexuais. Geralmente, são destinados apenas ao sexo masculino, mas os seus efeitos também apresentam resultados nas mulheres. Contudo, tradicionalmente, foram-lhes sendo aconselhadas substâncias calmantes e outras capazes de favorecer a sua fertilidade e a produção de leite para amamentação.

Algumas partes dos animais, como os miolos ou os órgãos genitais, além de outras tanto ou mais exóticas, são as mais indicadas para estimulação sexual. Ao contrário, a carne de porco e de borrego não são alimentos que se aconselhem a quem quer dar novo ânimo a apetite sexual. Para isso, o melhor é optar por algumas ervas aromáticas e especiarias que, ao longo da História, já fizeram prova das suas potencialidades. Os seus efeitos eram tão surpreendentes que algumas até foram proibidas nos mosteiros e conventos!

Afrodisíacos ou superstição

Na maioria dos casos, apesar do enorme fascínio que exercem sobre o ser humano, os afrodisíacos não passam de meras superstições. Surgidas do acaso e da vontade do homem, as características que são atribuídas a vários alimentos afrodisíacos baseiam-se, com frequência, em razões pouco ou nada científicas. Por vezes, é a configuração do alimento que induz a determinada crença. É o que acontece no caso das ostras e dos figos ou, devido às suas formas fálicas, com o alho francês, a banana, os espargos e as enguias.

Por outro lado, a simbologia de um dado alimento, que o associa à força, ao poder ou à raridade do ser que o origina, como os testículos ou o pénis dos animais, as barbatanas de tubarão ou as línguas de ganso também podem causar uma associação a poderes mágicos.
O odor libertado por um alimento também pode contribuir para a sua eleição como afrodisíaco. É o que acontece com as trufas que possuem uma grande quantidade de androsterona, uma hormona à qual se atribui o aumento do poder de atracção do macho sobre a fêmea.

O que há de científico

De todas as substâncias alimentares intituladas afrodisíacas, a única que poderá ter efeito real é a ioimbina vegetal que causa vasodilatação da região lombossagrada e portanto, dos órgãos genitais. Os demais alimentos apenas proporcionam um bem-estar geral, indispensável ao desejo sexual. Porém, o povo defende que “comendo e bebendo, o amor vai crescendo”, e o nutricionista californiano Bernard Jensen aponta a alimentação deficiente como a causa para a baixa qualidade do sexo contemporâneo. Esta afirmação é suportada, do ponto de vista científico, pela acção dos constituintes dos alimentos sobre os neurotransmissores envolvidos no prazer sexual, nomeadamente os que activam a acetilcolina e dopamina (estimulantes) e limitam a acção da serotina (inibidora).

A importância da fantasia

Apesar do possível envolvimento dos constituintes alimentares na sexualidade humana, a Enciclopédia Britânica adverte que em nenhum dos alimentos ditos afrodisíacos “se identificou qualquer agente químico eficaz, devendo considerar-se que a reputação dos supostos alimentos eróticos não se baseia em factos, mas no folclore”. Estas afirmações sustentam a teoria de que não há alimentos afrodisíacos e que os efeitos estimulantes são apenas reacções psicológicas. A American Food and Drug Administration (FDA) proíbe a comercialização de “qualquer produto que pretenda estimular o desejo sexual ou melhorar as “performances” sexuais, porque não existem dados suficientes que provem a eficácia e a inocuidade de qualquer ingrediente deste tipo”.

Há que considerar que a alimentação é mais do que um modo de obtenção de nutrientes. Também é tradição, educação e fonte de prazer. A comida, e o contexto em que é ingerida, é tida por alguns especialistas como um afrodisíaco indirecto.
Independentemente do efeito positivo que os afrodisíacos possam ter a nível psicológico, dizem os entendidos que “o verdadeiro afrodisíaco é a fantasia humana”.


Os constituintes alimentares e o sexo


Alguns constituintes alimentares actuam sobre os neurotransmissores, podendo influenciar a predisposição sexual. Assim, tome nota:

Hidratos de carbono
São necessários como fonte de energia para o sistema nervoso central.
Gorduras
Têm sido consideradas importantes para a manutenção de uma sexualidade satisfatória.

Proteínas

Provenientes da carne e cereais. São determinantes do erotismo.

Triptofano

É um aminoácido precursor da serotina – inibidora da sexualidade – e está presente na maioria dos alimentos, mas não no milho, o que leva os italianos a considerar a polenta (preparado à base de milho) um alimento afrodisíaco.

Tirosina
Precursor das catecolaminas e da dopamina. Está presente no peixe, nas algas e no ananás.

Arginina
Abundante nos frutos secos.

Zinco
Existente nas ostras.

Cálcio
Proveniente, sobretudo, do leite e derivados.

Ferro
Abundante no fígado, na carne e também nas ostras.

Enxofre

Contido em alimentos como o alho, a cebola e a couve-flor.

Fósforo

Entre outros, está presente nos frutos do mar.

Vitaminas
As vitaminas antioxidantes, A, C, e E, que combatem a fadiga física e psicológica.

Álcool
Desinibidor e excitante dos instintos sexuais, desde que não em quantidade excessiva.

Destaques:
1- A ioimbina vegetal é uma substância que causa vasodilatação da região lombossagrada e, portanto, dos órgãos genitais.

2 - Algumas ervas aromáticas e especiarias provaram as suas potencialidades afrodisíacas.

Fonte: http://pirilampobrilha.no.sapo.pt/saude%20homens.html

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