Saturday 27 September 2008

Tratamento para a osteoporose reduz risco de cancro da mama


Imagem retirada de: :http://cancrodasmamas.blogs.sapo.pt/2008/01/

Tratamento para a osteoporose reduz risco de cancro da mama

O cancro da mama é um dos problemas mais temidos pelas mulheres. A necessidade de ser descoberto cedo é primordial para que a cura seja possível. Este tratamento é mais uma esperança!

As mulheres que se submetem a um tratamento com raloxifeno para combater a osteoporose pós-menopáusica, apresentam uma diminuição significativa do risco de cancro da mama, ao longo de quatro anos. Estes dados foram revelados numa edição recente do Breast Cancer Research and Treatment, no âmbito do estudo MORE (Multiple Outcomes of Raloxifene Evaluation).

Raloxifeno, um modulador selectivo dos receptores de estrogénio, desenvolvido pela Eli Lilly, é a única terapêutica aprovada pela União Europeia para o tratamento e prevenção da osteoporose em mulheres pós-menopáusicas e que está igualmente a ser estudado quanto à hipótese de redução do risco de cancro da mama nestas mulheres.

Os dados obtidos no âmbito do estudo MORE ao fim de 48 meses, demonstram uma redução na ordem dos 72% de novos diagnósticos de cancro da mama invasivo e de 84% de cancro da mama invasivo receptores de estrogénio positivos – o tipo de cancro mais frequente nas mulheres pós-menopáusicas. Estes dados representam as conclusões finais sobre cancro da mama obtidas neste ensaio- um estudo multi-centrico sobre osteoporose, no qual a redução do risco de cancro da mama era, à partida, um objectivo secundário.

As mulheres que participaram no MORE não tinham como condição factores de risco relacionados com cancro da mama. No estudo MORE, um total de 7 705 mulheres receberam doses de 60mg/dia, 120 mg/dia de raloxifeno ou placebo. As doentes realizaram regularmente mamografias durante o estudo e um conselho independente de oncologistas confirmaram os dados relativos ao cancro da mama.

Alguns aspectos a realçar: foram diagnosticados e confirmados 39 cancros da mama invasivos nas 2 576 mulheres do grupo de placebo, em comparação com 22 cancros nas 5 129 mulheres que tomaram raloxifeno. Este facto traduz-se numa redução de 72% no risco de cancro da mama invasivo no grupo de raloxifeno em comparação com o grupo de placebo. O grupo de placebo registou 31 cancros da mama invasivos estrogénio-positivos, em comparação com 10 cancros nos grupos sujeitos a raloxifeno, o que demonstra uma redução de 84% no risco de contrair este tipo de cancro.

"Não só as reduções do risco de cancro de mama são significativas, mas o tipo de cancro que o raloxifeno demonstrou reduzir neste estudo é um dos mais graves que afecta as mulheres pós-menopáusicas"- refere J. Rauley, principal autora do trabalho. O cancro de mama invasivo é considerado como sendo o cancro mais mortal para a mulher e o cancro de mama estrogeno-positivo é mais comum nas mulheres pós-menopáusicas.

O MORE, um estudo a longo prazo, controlado com placebo, para o tratamento da osteoporose, foi concluído em 1999 e contou com a participação de 7 705 mulheres em fase pós-menopáusica que sofriam de osteoporose. No seu todo, o MORE contribuiu para a divulgação de informação importante sobre a eficácia do raloxifeno na prevenção de fracturas, o seu perfil lipídico favorável e a segurança apresentada na mama e útero.

Fonte:
http://www.mulherportuguesa.com/content/view/2285/55/

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